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Disgenesia gonadal 46,XX
Definição da doença
A disgenesia gonadal 46, XX (GD 46, XX) é uma deficiência ovárica primária e leva ao aparecimento de uma falência ovárica prematura (POF, ver este termo) em individuos do sexo feminino normais 46,XX. Ocorre por desenvolvimento insuficiente das gonadas ou devido à resistência à estimulação com gonadotrofina.
ORPHA:243
Nível de Classificação: Patologia- Sinónimo(s):
- Disgenésia gonadal completa 46,XX
- Disgenésia gonadal feminina XX
- Disgenésia gonadal pura 46,XX
- Disgenésia ovárica 46,XX
- Disgenésia ovárica hipergonadotrófica
- XX-GD
- Prevalência: Desconhecido
- Hereditariedade: Autossómica dominante ou Autossómica recessiva ou Ligado ao X recessivo ou Não aplicável
- Idade de início: Adolescente, Idade adulta
- CID-10: Q99.1
- CID-11: LB45.1
- OMIM: 233300 300510 614324 618078 618117 618723
- UMLS: C0949595
- MeSH: D023961
- GARD: -
- MedDRA: -
Sumário
Existe um documento mais recente, em Inglês, sobre esta doença
Epidemiologia
A prevalência é desconhecida, no entanto acredita-se que seja inferior a 1 / 10.000.
Descrição clínica
Os doentes nascem com o sexo feminino sem ambiguidade. No entanto, os indivíduos afetados apresentam, durante a adolescência ou em idade adulta jovem, um atraso ou ausência dos sinais pubertários resultando em amenorréia primária ou por vezes em amenorréia secundária. Os genitais internos e externos estão desenvolvidos normalmente. São pouco frequentes as associações clínicas com outros sinais e sintomas, nomeadamente a surdez com ou sem ataxia cerebelar (Síndrome de Perrault, ver este termo) ou com outros síndromes raros (fibrose pulmonar-imunodeficiência-disgenesia gonadal, ver este termo). A disgenesia do ovário resulta de defeitos genéticos no desenvolvimento ovariano.
Etiologia
A etiologia é desconhecida na maioria dos casos no entanto têm sido implicados vários genes. Ocorreram mutações inactivadoras em homozigotia ou heterozigotia composta no gene do receptor da hormona estimulante do folículo (FSHR ; 2p21-p16), no gene BMP15 / (Xp11.2) e no gene NR5A1 / (9q33). As mutações inativadoras do gene FSHR são herdadas de forma autossómica recessiva, as mutações no gene BMP15 são herdadas através do cromossoma X e as mutações no gene NR5A1 são na sua grande maioria autossómicas dominantes.
Métodos de diagnóstico
O diagnóstico requer uma avaliação hormonal (gonadal e supra-renal), exames laboratoriais para rastreio de doenças infecciosas ou auto-imunes, estudo do cariótipo e exames moleculares. Inclusive, por vezes é necessário realizar uma laparoscopia com biópsia do tecido do ovário.
Diagnóstico diferencial
O diagnóstico diferencial deve incluir outras causas de POF assim como a disgenesia gonadal 46, XY completa (ver esses termos). Adicionalmente, a hipoplasia secundária do ovário tem sido descrita em associação a agentes infecciosos (vírus HIV) ou a fenómenos auto-imunes (síndrome APECED associado a mutações no gene AIRE, ver este termo)..
Aconselhamento genético
O aconselhamento genético pode ser recomendado e o diagnóstico molecular pré-natal torna-se viável nos casos em que uma mutação já foi identificada.
Controlo da doença e tratamento
O seguimento do caso clínico deve incluir terapia de reposição hormonal. Suplementos de cálcio e vitamina D podem ser propostos. O apoio psicológico deve ser oferecido aos doentes e ás suas famílias. A infertilidade é um problema importante, no entanto, a gravidez pode ser viável através da doação de zigoto.
Prognóstico
Através de um seguimento adequado, o resultado fisiológico e clínico para os doentes é favorável.
Um resumo sobre esta doença está disponível em English (2022) Español (2022) Français (2022) Nederlands (2022) Deutsch (2011) Italiano (2011) Greek (2011, pdf) Suomi (2011, pdf) Polski (2011, pdf)
Informação detalhada
Artigos de revisão sobre a doença
- Artigo de revisão
- English (2012) - RadioGraphics
Testes genéticos
- Orientações para teste genético
- Français (2016, pdf) - ANPGM


Informação adicional