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Micose fungoide clássica
Definição da doença
A micose fungóide clássica é o tipo mais comum de micose fungóide (MF; ver este termo), é uma forma de linfoma cutâneo de células T, e é caracterizado por progressão lenta desde lesões eczematosas para placas mais infiltradas e eventualmente tumores.
ORPHA:2584
Nível de Classificação: PatologiaSumário
Epidemiologia
A incidência anual de MF e das suas variantes está estimada entre 1/350,000 e 1/110,000, com MF clássica contabilizando cerca de 80-90% dos casos de MF. O rácio dos indivíduos do sexo feminino para o sexo masculino é de 2:1. A MF clássica afecta predominantemente adultos e idosos (idade média no diagnóstico: 55-60 anos).
Descrição clínica
A doença manifesta-se inicialmente por lesões cutâneas consistindo em lesões eczematosas lisas, preferencialmente localizadas assimetricamente nas nádegas e noutras áreas protegidas do sol (tronco inferior e coxas, e nas mamas nas mulheres). As lesões eczematosas são normalmente hipo- ou hiperpigmentados nos indivíduos de pele escura. Pode ser observado prurido. Nos estádios mais tardios da doença, podem-se desenvolver placas infiltrativas e tumores em forma de cúpula de cor vermelho-violeta ou eritrodermia generalizada. Os nódulos linfáticos são o local de envolvimento extra-cutâneo mais frequente. Pode também ocorrer envolvimento visceral (fígado, pulmão, e medula óssea).
Etiologia
A etiologia permanece desconhecida.
Métodos de diagnóstico
O diagnóstico é baseado na apresentação clínica e deve ser confirmado por biopsia cutânea. Os achados histológicos revelam uma predominância de pequenas células pleomórficas (cerebriformes) com epidermotropismo. Na maioria dos casos, a imunohistologia mostra um fenótipo de células de memória T-helper (CD3+, CD4+, CD45Ro+, CD8- e CD45Ra-). Os marcadores CD30 e/ou citotóxicos (i.e. TIA-1) podem ser positivos nos estádios tardios, particularmente em tumores com morfologia de grandes células. Em casos raros, os marcadores citotóxicos podem também ser positivos nas lesões iniciais. A análise molecular revela um rearranjo clonal dos genes dos receptores das células T (este achado pode estar ausente em lesões iniciais). Nos casos de MF avançada devem ser realizadas investigações para estadiamento, incluindo uma tomografia computorizada e/ou tomografia por emissão de positrões.
Diagnóstico diferencial
Os diagnósticos diferenciais incluem dermatoses inflamatórias (i.e. dermatite atópica) nos estádios iniciais de MF, e outros linfomas não-Hodgkin de grandes células (ver este termo) nos estádios mais tardios.
Controlo da doença e tratamento
As estratégias de tratamento durante as fases iniciais incluem principalmente PUVA (fotoquimioterapia), interferão-2a, retinóides (isolados ou em combinação, incluindo retinóides recentes como bexaroteno), quimioterapia tópica esteróides tópicos, e UV-B de banda estreita (311nm). A doença avançada pode ser tratada por quimioterapia sistémica, fotoferese extracorporal, e/ou radioterapia (incluindo irradiação total do corpo por feixe de electrões). Outras modalidades de tratamento incluem novos medicamentos quimioterapêuticos (i.e. gemcitabina, fludarabina e doxorrubicina peguilada), diftitox denileucina, alemtuzumab e transplante alogénico de células estaminais. Muitas outras opções de tratamento têm sido propostas mas apenas foram usadas num número limitado de doentes. A doença é lentamente progressiva (pode evoluir até 10 a 30 anos depois da apresentação inicial).
Prognóstico
O prognóstico depende do estádio na altura do diagnóstico.
Um resumo sobre esta doença está disponível em Deutsch (2009) English (2009) Español (2009) Italiano (2009) Nederlands (2009) Français (2009)
Informação detalhada
Artigos de revisão sobre a doença
- Artigo de revisão
- English (2017) - PDQ Cancer Inf Sum


Informação adicional