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Artrite reativa
Definição da doença
A artrite reactiva (ReA) é uma doença autoimune pertencente ao grupo das espondiloartropatias seronegativas e é caracterizada pela tríade clássica de artrite, uretrite e conjuntivite.
ORPHA:29207
Nível de Classificação: PatologiaSumário
Existe um documento mais recente, em Inglês, sobre esta doença
Epidemiologia
A prevalência está estimada em 1/30,000. A doença é mais comum nos homens e mais frequentemente descrita em caucasianos. A idade de apresentação varia amplamente, mas existe um pico entre os 15 e os 35 anos de idade. A ReA raramente é observada em crianças.
Descrição clínica
A doença normalmente ocorre dentro de 1-3 semanas após uma infecção urogenital ou gastrointestinal. As primeiras manifestações são frequentemente os sintomas urinários (poliúria e disúria). Achados frequentes são prostatite nos homens e cervicite, salpingite e/ou vulvovaginite nas mulheres. A artrite, manifestando-se com dor, inchaço e sensibilidade das grandes articulações, geralmente aparece várias semanas ou meses após os sintomas iniciais. Afecta frequentemente uma (joelho) ou mais articulações principais (joelhos, tornozelos e dedos dos pés). Os tendões e os ligamentos próximos às articulações podem estar também inflamados, particularmente o tendão de Aquiles e nas articulações da coluna lombar. Os problemas oftalmológicos incluem conjuntivite com eritema, ardência, lacrimejo e fotofobia. Menos frequentemente ocorrem irite e uveíte. Outros sintomas incluem eczemas descamativos da pele nas mãos ou nos pés, alterações das unhas, diarreia, balanite, febre, perda de peso e aftas na boca. Na maioria dos doentes os sintomas duram de 1-6 meses.
Etiologia
A ReA é tipicamente desencadeada por infecções por bactérias gram-negativo (Chlamydia, Shigella, Salmonella, e Yersini). A constituição genética (a maioria dos doentes são HLA-B27-positivos) contribui para a patogénese da doença. Contudo, o mecanismo exacto pelo qual o HLA-B27 resulta na susceptibilidade para ReA permanece indeterminado.
Métodos de diagnóstico
O diagnóstico é baseado no reconhecimento da tríade clínica e testes sanguíneos revelando HLA-B27 positivo (cerca de 75% dos doentes são HLA-B27-positivos).
Diagnóstico diferencial
O diagnóstico diferencial deve incluir outras formas de espondiloartropatia (espondilite anquilosante, artrite psoriática, espondiloartropatia associada a doença intestinal inflamatória, espondiloartropatia de apresentação juvenil (ver estes termos)), e espondiloartropatia indiferenciada.
Controlo da doença e tratamento
O tratamento visa a erradicação da infecção subjacente (antibióticos) e redução da dor e inflamação das articulações (analgésicos, esteróides e imunossupressores, bem como descanso, protecção das articulações e exercícios especiais).
Prognóstico
O prognóstico é variável. Dois terços dos doentes desenvolvem desconforto prolongado das articulações, dor lombar ou uma entesopatia após ReA aguda. Em até 30% dos casos podem desenvolver-se sequelas crónicas graves. Contudo, a maioria dos doentes têm uma esperança de vida normal e um estilo de vida praticamente normal.
Informação detalhada
Artigo para os profissionais
- Informação resumida
- Greek (2009, pdf)
- Orientações de prática clínica
- Deutsch (2013)
Informação adicional