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Nevo melanocítico congénito gigante
Definição da doença
Um nevo melanocítico congénito, grande ou gigante, (LCMN ou GCMN) é uma lesão pigmentada da pele de diâmetro adulto projectado de mais de 20 cm ou 40 cm, respectivamente, composta por melanócitos, e que apresenta um risco elevado de transformação maligna.
ORPHA:626
Nível de Classificação: PatologiaSumário
Epidemiologia
O LCMN tem uma prevalência de cerca de 1/20,000, enquanto o GCMN se estima que ocorra em 1/50,000 a 1/500,000 nascimentos, tornando-se mais raros à medida que aumenta a superfície de corpo implicada. Embora presente em todos os grupos étnicos analisados até o momento e em ambos os sexos, há uma ligeira predominância do sexo feminino. O CMN desenvolve-se durante o primeiro trimestre de gravidez.
Descrição clínica
Um LCMN é uma área circunscrita da pele de cor escura, às vezes coberta por pêlos densos ou nódulos proliferativos e / ou acompanhados de múltiplos pequenos nevos satélite que se desenvolvem à nascença ou durante a primeira infância (satélites tardios). Certas formas de LCMN incluem apenas "satélites" congénitos (também conhecidos como "CMN médios múltiplos ") com uma superfície total, quando somada, semelhante à dos outros LCMN; estas formas parecem estar associadas mais frequentemente a complicações. Pode ocorrer envolvimento neurológico, tal como melanocitose leptomeníngea, epilepsia, hidrocefalia e medula espinhal ancorada. Os doentes com LCMN também apresentam um risco elevado de melanoma maligno pediátrico, particularmente intracraniano, e outros tumores neuroectodérmicos de gravidade variável (rabdomiossarcoma, schwannoma (ver estes termos), lipoma, neurofibroma).
Etiologia
O LCMN é uma neurocristopatia (uma patologia do desenvolvimento da crista neural embrionária), mas a sua etiologia é desconhecida.
Métodos de diagnóstico
O diagnóstico é clínico. Ressonância magnética (RM) e avaliações neurológicas também são realizadas, de forma a rastrear complicações.
Diagnóstico diferencial
Os diagnósticos diferenciais incluem nevo atípico, síndrome do nevo de Becker (ver estes termos), melanoma maligno, nevo de Ota, nevo de Ito, nevo de Spitz, nevo azul e hamartoma congénito do músculo liso. A biópsia de pele mostra acumulação histológica anormal de melanócitos na junção epiderme/derme e mais abaixo, incluindo até à subfascia, bem como desorganização da derme. Quando há suspeita de transformação maligna é necessária biópsia.
Controlo da doença e tratamento
Casos familiares têm sido observados, mas a grande maioria dos casos de LCMN são esporádicos. Um modo de transmissão paradominante (mutação pós-zigótica ocorrendo num estadio inicial de desenvolvimento e resultando em perda de heterozigotia somática) foi proposta para explicar esta observação. Devido à possível transformação maligna, o seguimento dermatológico do nevo deve ser regular. Nalguns casos a excisão pode ser aconselhável por um cirurgião plástico experiente. Os tratamentos de dermoabrasão, curetagem e laser são realizados, mas são actualmente consideradas opções inferiores à remoção da espessura total, por vezes por fases, ou vigilância simples.
Prognóstico
A maioria dos doentes tem uma vida adulta normal, sem quaisquer complicações.
Um resumo sobre esta doença está disponível em Deutsch (2011) English (2011) Español (2011) Français (2011) Italiano (2011) Nederlands (2011) Suomi (2011, pdf)
Informação detalhada
Guidelines
- Orientações de prática clínica
- Français (2021) - PNDS


Informação adicional