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Charcot-Marie-Tooth ligada ao X
ORPHA:64747
Nível de Classificação: Grupo de patologias- Sinónimo(s):
- CMTX
- Prevalência: 1-9 / 100 000
- Hereditariedade: Ligado ao X recessivo ou Ligado ao X dominante
- Idade de início: -
- CID-10: G60.0
- OMIM: -
- UMLS: -
- MeSH: -
- GARD: 12444
- MedDRA: -
Sumário
A doença de Charcot-Marie-Tooth, ligada ao X (CMTX) pertence ao grupo geneticamente heterogéneo de polineuropatias sensitivo--motoras periféricas CMT. CMTX é caracterizada por um decurso lentamente progressivo: fraqueza e perda de massa muscular dos músculos distais dos membros, envolvendo principalmente os pés, pernas e mãos (particularmente eminência tenar), com fraqueza muscular proximal ocorrendo nos casos graves; perda sensitiva distal; perda dos reflexos dos tendinosos profundos; pé cavo pes cavus e mais raramente escoliose. Foram descritos raros casos de disfunção transitória do sistema nervoso central (CNS), com disartia, disfagia, fraqueza, ataxia, e até afasia e sonolência. Todas as formas de CMTX são raras e são caracterizadas por atraso mental (CMTX2, CMTX4), paraplegia espática (CMTX3), surdez (CMTX4, CMTX5, raramente CMTX1), e atrofia ótica (CMTX5). CMTX está associado com mutações no gene GJB1 (Xq13.1), codificando para conexina 32 (Cx32). Cx32 forma junções gap em mielina não-compacta produzidas por células de Schwann mielinizantes. Cx32 é também expressa em oligodendrócitos, o que explica o potencial envolvimento do CNS. CMTX5 está associado com mutações no gene de fosforibosilpirofosfato sintetase 1(PRPS1). CMTX1 é transmitida de forma ligada ao X dominante e os indivíduos do sexo masculino são mais gravemente afectados que indivíduos do sexo feminino, enquanto que os outros tipos de CMTX que são recessivos ligados ao X e os indivíduos do sexo feminino portadores normalmente não são afetados. O diagnóstico é baseado no historial familiar e pessoal, exame clínico, estudos da condução nervosa (NCS), e teste genético (para CMTX1). NCS mostra uma polineuropatia sensitivomotora com velocidade de condução diminuída em indivíduos do sexo masculino (normalmente com valores intermédios de 30-45 m/s nos nervos motores dos membros superiores) e diminuição ligeira ou até mesmo velocidades normais em indivíduos do sexo feminino. Em contraste com outros tipos de CMT, a condução lenta é frequentemente não-homogénea, com dispersão temporal e por vezes bloqueios de condução, e o nervo mediano sendo mais gravemente afetado que o nervo cubital. A biopsia de nervo revela alterações axonais marcadas, apesar do abrandamento da condução nervosa, com evidência anomalias ultraestruturais nas regiões paranodais. Os potenciais evocados auditivos revelam normalmente anomalias das ondas centrais no tronco cerebral, consistente com o frequente envolvimento subclínico do cérebro na CMTX1. O diagnóstico diferencial inclui outros tipos de CMT e neuropatias com alterações da imunidade adquiridas como polirradiculoneuropatia desmielinizante inflamatória crónica (ver estes termos). Tal como uma doença (dominante) ligada ao X, não existe transmissão de indivíduo do sexo masculino para a descendência do sexo masculino; as mulheres portadoras habitualmente são ligeiramente afetadas e têm 50% de risco de transmitir a doença à sua descendência. O diagnóstico pré-natal é possível para CMTX quando a mutação é conhecida. Não existe tratamento farmacológico disponível. Reabilitação terapêutica e tratamento cirúrgico das deformidades esqueléticas são as únicas opções. CMTX1 é moderadamente grave para indivíduos do sexo masculino, que podem perder a capacidade de deambulação mais tarde na vida.
Informação detalhada
Artigo para o público em geral
Artigo para os profissionais
- Orientações de anestesia
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